Tu ris, tu mens trop
Tu pleures, tu meurs trop
Tu as le tropique
Dans le sang et sur la peau
Geme de loucura e de torpor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Mata-me de rir
Fala-me de amor
Songes et mensonges
Sei de longe e sei de cor
Geme de prazer e de pavor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Vem molhar meu colo
Vou te consolar
Vem, mulato mole
Dançar dans mes bras
Vem, moleque me dizer
Onde é que está
Ton soleil, ta braise
Quem me enfeitiçou
O mar, marée, bateau
Tu as le parfum
De la cachaça e de suor
Geme de preguiça e de calor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
"Acordar" foi apenas o gesto burocrático, patriótico, de levantar da cama e abrir a cortina, como se uma bandeira. Noite clara.
Uma ronda pelo apartamento. Agora mesmo.
"O coronel manca", ri o vazio.
Por volta das 3:50 começou um som de vômito envergonhado no banheiro do corredor. Gritei:
- Quieto! Quieta, o que for ! Tá foda hoje.
Quem estava começou a chorar.
Sem compaixão, gozei desconforto a mais.
Hoje entendi,
Mesmo com a porta trancada,
deixei em esquecimento proposital
a janela da varanda aberta.
(metade de amor)
No banheiro, tudo foi limpo. Impecavelmente.
Se você que está aí
foi (quem)
esteve aqui
peço desculpas
e distribuo
disposição
Agora, mão no peito
(metade de colar)
para o hino de domingo.
Comigo,
mas longe.
*Paulo Castro*
Sim, fui eu. Fomos nós!.
Eu-Ela e Ela-Eu, sombra, duplo, insones fantasmas de si mesmas.
Entramos pela chaminé do cachimbo que não era maçã.
Mas, teria sido... Se não fosse àquela meia-noite (com meio-encantos)
a lhes assombrar “cinderelas”.
***
Não peça desculpas. Hoje, não.
Amanhã, talvez...
Porque hoje é domingo
E o soldado morto de Bertolt
Levanta guarda na multidão voraz
Aqui na esquina do meu quarto.
***
Avante!
Quando me abandonei em ti,
eras pensamento,
algo murmura entre nós dois:
do mundo a primeira das últimas asas,
em mim cresce a pele sobre tempestuosa
boca, tu não chegas até ti.
"Starry, starry night
Paint your palette blue and grey
Look out on a summer's day
With eyes that know the darkness in my soul
Shadows on the hills
Sketch the trees and daffodils
Catch the breeze and the winter chills
In colours on the snowy linen land..."
"Sì dolce è il tormento che in seno mi sta
Ch'io vivo contento per cruda beltà.
Nel ciel di bellezza s'accreschi fierezza
Et manchi pietà che sempre qual scoglio
All'onda d'orgoglio mia fede sarà..."