A noite sobre a pele. E o desejo. Os mamilos lentamente duros exigindo que deitasse de bruços. Os pelos contra o colchão exigindo que abrisse lentamente as pernas. Na boca, porém só sua própria língua, que não a sabia penetrar.
Levantou-se em segredo. Foi até a sala. Descalça, fez amor com o piano de cauda.
Não era bom amante. Desafinou várias vezes antes que ela alcançasse o orgasmo. Mas tinha a virtude principal: era muito romântico.
Marina Colasanti In Contos de Amor Rasgados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário