Voyeurismos sobre os ritmos da sensibilidade erótica
Des-Velo a Rosa da atávica Dor e a escondo em outro Horror!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pagara icária sorte o louco intento...



"Pode o tosco pincel, que mal sustento,
Pintar ousado divina beleza?
Oh! Quanto fora temerária empresa!
Pagara icária sorte o louco intento."

Bocage






É só Mistério... Não tem Segredo!












"Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular"






Bad Trip






O medo corroe a vírgula
Que pasta
Que passa
Que pedra
Que sina
Que sorte
Que morte
Que nada...
No plasma coagulado do sono
Que não se liquefaz em sonho

E rasga
 
*Roberta Aymar*





terça-feira, 30 de agosto de 2011

Vivamos!




"Queremos, 
mas não somos nem seremos 
outra recordação do que vivemos"










domingo, 28 de agosto de 2011

Porque era ela... Porque era eu.





"Eu não sabia explicar nós dois
Ela mais eu
Porque eu e ela
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ela foi me levando pela mão
Íamos todos os dois
Assim ao léo
Ríamos, choravamos sem razão
Hoje lembrando-me dela
Me vendo nos olhos dela
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ela
Porque era eu"









só não se perca ao entrar, no meu infinito particular...




Eu sou daqui, Eu não sou de marte...













Até que a morte nos separe: Perspectiva dos Amantes



 



"Oh! meu bem-amado
Quero fazer-te um juramento, uma canção
Eu prometo, por toda a minha vida
Ser somente tua e amar-te como nunca
Ninguém jamais amou
Ninguém
Oh! meu bem amado, estrela pura aparecida
Eu te amo e te proclamo
O meu amor, o meu amor
Maior que tudo quanto existe
Oh! meu amor"










sábado, 27 de agosto de 2011

Até que a morte nos separe: Perspectiva Feminina [I]









Até que a morte nos separe: Perspectiva Masculina [I]








À Primeira Vista: Perspectiva Masculina [I]









El orden de la memoria...

TER... E[z]inha






"O primeiro me chegou
Como quem vem do florista:
Trouxe um bicho de pelúcia,
Trouxe um broche de ametista.
Me contou suas viagens
E as vantagens que ele tinha.
Me mostrou o seu relógio;
Me chamava de rainha.
Me encontrou tão desarmada,
Que tocou meu coração,
Mas não me negava nada
E, assustada, eu disse "não"."







"O segundo me chegou
Como quem chega do bar:
Trouxe um litro de aguardente
Tão amarga de tragar.
Indagou o meu passado
E cheirou minha comida.
Vasculhou minha gaveta;
Me chamava de perdida.

Me encontrou tão desarmada,
Que arranhou meu coração,
Mas não me entregava nada
E, assustada, eu disse "não"."







"O terceiro me chegou
Como quem chega do nada:
Ele não me trouxe nada,
Também nada perguntou.
Mal sei como ele se chama,
Mas entendo o que ele quer!
Se deitou na minha cama
E me chama de mulher.
Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não,
Se instalou feito posseiro
Dentro do meu coração."














sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Louvada seja a beleza...








"Deixa louvar da corte a vã grandeza:
Quanto me agradar mais estar contigo
Notando as perfeições da natureza!"

*Bocage*





quinta-feira, 25 de agosto de 2011

E ao doce objecto, às perfeições que adoras...








        Aflito coração, que o teu tormento,
Que os teus desejos tácitos devoras,
E ao doce objecto, às perfeições que adoras,
Só te vás explicar co pensamento.


Bocage 
in 
Sonetos





quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A (À) Espera...





"Ei-la que foge! 
Pressinto seus passos na insônia leve;
canção de lúcidos ventos,
renúncia ao grande milagre
da palavra sempre antiga
nova em pensamento novo."

César Leal 
in
Inveções da Noite Menor




sexta-feira, 19 de agosto de 2011

isso q'é o futuro no Pretérito [In] Perfeito do Verbo







No gargalo da boca do mistério
Os lábios rasgados
O encantamento do medo
A CORagem RODAndo no Abismo
Ha VER- ti- gem'endo 
No futuro violentado 
do pretérito [In] perfeito do verbo:
“Preferiria não fazer!”
!Por-Isso Faço
Faca
Forca
Fúria
Feit’ISSO
q’é a Vontade
d’Ex-sistir...

*Roberta Aymar*
19.08.2011


  Aos ouvidos da Casa do Traço e das Veredas

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Voici, en bref!



Vous êtes un voyeur?
Oui? Non?
Préparez-vous!

 ***
Attendez!
Voici, en bref!








segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ao primeiro alvor do dia...









“Durante esse tempo a Aurora que surgia abandonou o oceano. Enéias, posto que os cuidados também o abrigassem a destinar tampo para sepultar os companheiros, e que seu espírito estivesse perturbado pelos funerais, contudo como vencedor, pagava os votos aos deuses ao primeiro alvor do dia.”


*Virgílio In Eneida* 




Derrubais-me da fronte cada flor!









"Ona! Fraca e Branca!
Diz o que te espanta:
Ó triste temor!
Funesto labor!
Derrubais-me da fronte cada flor."


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

o dia seguinte...









"As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar..."



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

E espalha iscas sem dó...







"E o medo mútuo traz a paz:
Até o amor egoísta crescer mais,
Crueldade então dá seu nó,
E espalha iscas sem dó."
*William Blake*
in
Canções da Inocência e da Experiência



isso q' É ]ou tem[ fastio...



As F'alTo
AR
RA-lo
ELO
b'oca fr'ia
......fome morta
sarjeta!
so-
c
o
r
r
o
jamais...
não haveria
não haverá
não há verão
isso q' É
]ou tem[ fastio

*Roberta Aymar*








domingo, 7 de agosto de 2011

Ela se senta com seu medo santo...




"Ela se senta com medo santo,
E irriga o chão com seu pranto:
A humildade então se enraiza
Sob seus pés. E viça."

*William Blake*
in
Canções da Inocência e da Experiência



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

essa coleção de objetos de [não-]amor...









Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor. 


*Carlos Drummond de Andrade*



Quando a pedra grita!




!Petréa é a Pele
ou
A Pele é Pétrea?













O Rapto de Prosérpina 
(Pormenor)
Gian Lorenzo Bernini