Voyeurismos sobre os ritmos da sensibilidade erótica
Des-Velo a Rosa da atávica Dor e a escondo em outro Horror!

domingo, 23 de outubro de 2011

Suposta, a presença...



"Acordar" foi apenas o gesto burocrático, patriótico, de levantar da cama e abrir a cortina, como se uma bandeira. Noite clara.
Uma ronda pelo apartamento. Agora mesmo.
"O coronel manca", ri o vazio.

Por volta das 3:50 começou um som de vômito envergonhado no banheiro do corredor.
Gritei:
- Quieto! Quieta, o que for ! Tá foda hoje.
Quem estava começou a chorar.
Sem compaixão, gozei desconforto a mais.
Hoje entendi,
Mesmo com a porta trancada,
deixei em esquecimento proposital
a janela da varanda aberta.
(metade de amor)

No banheiro, tudo foi limpo. Impecavelmente.

Se você que está aí
foi (quem)
esteve aqui
peço desculpas
e distribuo
disposição

Agora, mão no peito
(metade de colar)
para o hino de domingo.
Comigo,
mas longe.
*Paulo Castro*










Sim, fui eu. Fomos nós!.
Eu-Ela e Ela-Eu, sombra, duplo, insones fantasmas de si mesmas.
Entramos pela chaminé do cachimbo que não era maçã.
Mas, teria sido...
Se não fosse àquela meia-noite (com meio-encantos)
a lhes assombrar “cinderelas”.
***
Não peça desculpas. Hoje, não.
Amanhã, talvez...
Porque hoje é domingo
E o soldado morto de Bertolt
Levanta guarda na multidão voraz
Aqui na esquina do meu quarto.
***
Avante!
 *Roberta Aymar* 
 
 

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